Além da falta de leitos, respiradores e equipamentos, a pandemia da Covid-19 escancarou outro problema no sistema de saúde brasileiro. A falta de equipes treinadas para atuarem, principalmente, nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) tem preocupado as autoridades.
Em contato direto com pacientes infectados, médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem são, cada vez mais, vítimas da doença. Segundo o Ministério da Saúde, quase 200 mil profissionais já foram afastados do trabalho com suspeitas da Covid-19.
Na semana passada, em uma videoconferência com parlamentares, o diretor-geral do Hospital Sírio Libanês, Paulo Chapchap, afirmou que a crise vai muito além. Segundo ele, a escassez de profissionais da saúde é mais um motivo para que as pessoas obedeçam o isolamento social.
O diretor do Sindicato dos Médicos de São Paulo, Erivalder Guimarães, ressalta que ficar em casa ajuda não só a reduzir o estresse nas unidades de saúde, como a proteger os profissionais da linha de frente.
Para suprir a demanda provocada pela Covid-19, o Conselho Federal de Enfermagem está desenvolvendo programas de capacitação profissional que serão disponibilizados gratuitamente na internet. Segundo o coordenador do Comitê de Crise da Covid-19 do Cofen, Walkirio Almeida, o objetivo é capacitar 300 mil profissionais de enfermagem em até seis meses.
*Com informações da repórter Letícia Santini
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