quarta-feira, 27 de maio de 2020

Ministério da Saúde diz que imunidade de rebanho ‘não é a melhor estratégia’ contra covid-19

O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a retomada da economia, mas o Ministério da Saúde admite que a tendencia ainda é de aumento dos casos de coronavírus.

O último balanço da pasta mostra que o Brasil já tem mais de 391 mil casos de covid-19, com 24.512 mortes. Só nas últimas 24 horas foram confirmados 16.324 novos casos e 1.039 novas mortes, sendo que efetivamente nos últimos 3 dias morreram 284 pacientes.

Esse número que pode crescer de forma significativa, uma vez que estão em investigação no momento, 3.882 mortes.

O secretário substituto de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, admite que é preciso melhorar a estrutura de vigilância. Hoje, existe um atraso de 7 a 10 dias entre a ocorrência da morte e a notificação ao Ministério da Saúde.

É por isso que os números não mostram a real situação do país, o que é agravado, inclusive, pela subnotificação de casos.

O secretário alertou a população do Sul do pais, onde a temperatura está caindo, que não é hora de relaxar nas ações — e ressaltou que é cedo para defender a retomada das atividades como forma de gerar o que se chama de imunidade de rebanho, ou seja quando cerca de 70% da população tiver contato com o vírus.

Segundo ele, enquanto não houver uma vacina, a recomendação é manter as ações de isolamento. Porém, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a necessidade de se retomar as atividades no país.

Bolsonaro conversou essa semana com o presidente do Paraguai, Mário Abdo Benitez, e disse que os dois discutiram a possibilidade de reabertura da ponte da Amizade.

O presidente do Paraguai disse que não considera que seja a hora. Já o presidente brasileiro tem defendido a reabertura das fronteiras do país. Na terça-feira, no entanto, o Ministério da Justiça informou que prorrogou, por mais 30 dias, a proibição da entrada de estrangeiros.

Ficam mantidas as restrições para entrada de estrangeiros no país, seja por rodovias, aeroportos ou transporte aquaviário, por recomendação da Anvisa.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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