A deputada federal eleita Joice Hasselmann defendeu o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. “Eu ponho as minhas duas mãos no fogo pelo Onyx Lorenzoni”, disse a jornalista em entrevista ao Pânico nesta quarta-feira (28).
Ela rebateu as críticas que Onyx vem recebendo desde que assumiu a equipe de transição do governo, principalmente por ter admitido ter recebido dinheiro de caixa dois. “Ele está recebendo muita bola nas costas de quem devia estar o defendendo”, criticou. “Temos pessoas boas e probas [no futuro governo]”, disse, também defendendo o futuro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que está sendo investigado pelo período que foi secretário de saúde de Campo Grande.
Na Câmara dos Deputados, Joice se prepara para ser um dos principais apoios do presidente Jair Bolsonaro. “A gente vai mudar o Brasil”, prometeu a futura deputada. “O simples fato do Jair ganhar a eleição já fez países que nem queriam saber do Brasil se aproximar da gente”, disse.
Apesar de ser o principal nome do PSL na Câmara, ela não pretende se candidatar à presidência da Casa já no ano que vem. “O meu nome, nesse momento, não é ideal para disputar a presidência da Câmara dos Deputados. Isso seria querer dar um passo maior que a perna”, explicou, indicando que Janaina Paschoal deveria ser a presidente. “Preciso aprender como funciona a coisa. Mas, daqui a dois anos, a conversa é outra.”
Joice, no entanto, acredita que seu partido precisa controlar algumas das comissões mais importantes da Casa. “A CCJ tem que ficar com o PSL”, afirmou sobre a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, que ela considera ser a principal da Câmara.
Conversas com a oposição
A futura deputada também afirmou que irá tentar conversar com a oposição quando necessário. “Você vai precisar de votos da oposição para alguns projetos”, admitiu. Ela indicou estar disposta a negociar até com desafetos. “Se eu tiver que conversar com a Gleisi Hoffmann, eu tomo dois Engov e vou”, brincou.
Hasselmann defendeu que Bolsonaro tenha a mesma postura, mas sem ceder para adversários. “O Bolsonaro não tem que ficar sendo amiguinho”, disse. Para ela, a direita brasileira ainda está sendo formada. “A gente ainda está batendo cabeça um pouco”, confessou a jornalista.
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