O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, planeja conectar as áreas de inteligência da Polícia Federal e do Departamento Penitenciário Federal (Depen) para combater o crime organizado dentro do sistema prisional brasileiro.
Outra estratégia do ex-juiz da Operação Lava Jato é adotar é a ampliação do monitoramento de presos envolvidos em facções, medida considerada polêmica por advogados. Moro teve “carta branca” do presidente eleito Jair Bolsonaro para combater organizações criminosas.
Nesta semana, o delegado da PF em Foz do Iguaçu e ex-diretor da Penitenciária Federal de Catanduvas (PR), Fabiano Bordignon, foi anunciado para chefiar o Depen. Ele está coordenando análises sobre sistema penitenciário na equipe de transição.
A integração do Depen com a PF é uma das diretrizes anunciadas por Moro de usar forças-tarefa para combater a corrupção e o crime organizado em escala nacional. O método foi usado na Lava Jato, que juntou Justiça, PF, procuradoria da República e Receita Federal.
Na área da inteligência, a ideia do futuro ministro é também ampliar a interação com outros países. Já existe parcerias em andamento com o Paraguai, com a presença da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, chefiada pelo futuro diretor do Depen.
Monitoramento de presos
No caso do reforço do monitoramento de presos, Moro é favor de regras mais restritivas para visitas a condenados. Ele também quer aumentar o uso do chamado parlatório para conversas com advogados. O parlatório consiste em um vidro que separa o preso do defensor, fazendo com que a conversa seja feita por interfone.
Em Catanduvas, por exemplo, as conversas entre advogados e detentos são gravadas em algumas situações. Os defensores acusam esse monitoramento de violar o sigilo com o cliente. Entretanto, a Justiça garante essa medida em casos particulares.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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