O dólar teve novo dia de queda, com o real operando descolado de várias divisas de países emergentes nesta quarta-feira (29). Pela primeira vez desde o último dia 15, a moeda americana fechou abaixo de R$ 4,00. O dólar à vista fechou em baixa de 1,18%, a R$ 3,9759, a menor cotação desde o dia 10 de maio.
A queda é atribuída por profissionais de câmbio à melhora do ambiente político em Brasília, o que aumenta a percepção de que o governo começa de fato a se articular com o Congresso e aumenta a aposta de aprovação da reforma da Previdência sem tanta turbulência. Um fluxo grande de entrada hoje, segundo operadores, por operações de comércio exterior, também contribuiu para o recuo.
Nos últimos dias, o dólar vinha encontrando dificuldade de cair abaixo de R$ 4,00, que havia se transformado em um nível de resistência para a baixa. Mas logo pela manhã de hoje este patamar foi rompido, com as mesas de câmbio repercutindo a aprovação pelo Senado da Medida Provisória 870, que reorganiza os ministérios e mantém o Coaf com o ministério da Economia, sem alterar a decisão da Câmara, conforme havia pedido o presidente Jair Bolsonaro. Além disso, nesta terça (28), os Três Poderes anunciaram que vão fechar um pacto para a retomada do crescimento econômico
No exterior, o dólar subiu ante divisas fortes, como o euro, e perante emergentes como Rússia, Índia e Indonésia. Ao mesmo tempo, caiu perante o peso mexicano, colombiano e argentino. O dia no exterior foi marcado pelo aprofundamento da inversão das curvas de rendimento dos títulos do Tesouro americano (de 3 meses e 10 anos), que são um prenúncio de uma recessão nos Estados Unidos, destacam os estrategistas do banco Brown Brothers Harriman (BBH).
*Com Estadão Conteúdo
http://bit.ly/2JNB8uO http://bit.ly/2Hqo0cJ
Nenhum comentário:
Postar um comentário