O ex-ministro petista Antônio Palocci seguiu orientação da Procuradoria-Geral da República (PGR), com quem negocia novos acordos de colaboração, e ficou em silêncio na audiência realizada nesta quarta-feira (29) da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara que investiga contratos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A defesa de Palocci havia pedido a liberação no Supremo Tribunal Federal (STF) do petista desta sessão, mas o ministro Edson Fachin, do STF, manteve a obrigação da presença. Porém, ele foi autorizado a ficar em silêncio, sem prejuízo a sua defesa.
Preso em setembro de 2016, o ex-ministro, integrante dos governos de Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, fechou delação com o Ministério Público do Distrito Federal no início do ano. No acordo, ele delatou fraudes praticadas em fundos de pensão ligados a empresas e bancos estatais, alvo da Operação Greenfield, deflagrada naquele mesmo ano.
Além desse acordo, o ex-ministro tem outros dois negociados com a Polícia Federal em Curitiba e em Brasília
Sessão secreta
A sessão do condenado na operação Lava Jato foi fechada nesta quarta-feira e a porta onde ocorria a sessão foi coberta. Somente deputados tiveram acesso ao local.
Além do direito ao silêncio, Fachin concedeu a Palocci o direito de não ter a imagem registrada, assistência por advogado durante o ato, não ser submetido ao compromisso de dizer a verdade e de não sofrer constrangimentos físicos ou morais decorrentes do exercício dos direitos anteriores.
* Com informações do Estadão Conteúdo
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