A Polícia Civil vai investigar se houve falsa comunicação de crime por parte da modelo que acusou o jogador Neymar de estupro. Os delegados responsáveis pelo caso concederam entrevista nesta terça-feira (30) e falaram sobre a conclusão do inquérito que apura a acusação de Najila Trindade contra o atleta. A coletiva, no entanto, foi pouco esclarecedora, já que as autoridades se apegaram ao sigilo das investigações.
O delegado Albano Fernandes, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (DECAP), explica que a polícia vai apurar se houve denunciação caluniosa. “Daqui pra frente, baseado nessas conclusões que a polícia teve, nós vamos tocar os outros fatos para saber se realmente houve uma denunciação caluniosa, uma falsa comunicação de crime, enfim, tudo aquilo que esses fatos percorreram. Então existe essa investigação sim”, disse.
O inquérito foi finalizado na noite de segunda-feira (29) pela delegada Juliana Bussacos, da 6ª Delegacia de Defesa da Mulher. A responsável por analisar o caso entendeu que não houve elementos suficientes para indiciar Neymar pelo crime de estupro. “Ao longo da investigação, deliberei por não indiciar o investigado por ausência de elementos suficientes para tanto.”
Para chegar à conclusão do inquérito, a delegada Juliana afirma que foram analisados o laudo sexológico, fichas de atendimento médico e laudos dos aparelhos eletrônicos obtidos pelas autoridades. Além de verificar se houve falsa comunicação de crime, a polícia continua a averiguação de outros inquéritos decorrentes do caso. São investigações sobre equipamentos que foram subtraídos, como por exemplo um tablet que, de acordo com Najila, teria o vídeo completo mostrando agressões de Neymar contra ela.
Também há um inquérito aberto por iniciativa do pai do jogador e do próprio Neymar contra a modelo por denunciação caluniosa e extorsão.
A delegada responsável por essas investigações, Monique Ferreira Lima, do 11º Distrito Policial, afirmou que as análises continuam em sigilo. “Essa investigação também corre sobre segredo de Justiça porque os fatos são conexos com estupro. Então seria prematuro, por hora, mencionar qualquer detalhe da investigação, estabelecer qualquer parâmetro ou… Por hora, já mencionar qual seria a responsabilização das partes envolvidas. Mas a policia vai responsabilizar todos os envolvidos que tenham agido de má fé, movido a máquina estatal de matéria indevida.”
O Ministério Público (MP), titular da ação penal, tem quinze dias para definir se permanece com a acusação ou se pede o arquivamento do caso. Procurada, a defesa da modelo Najila Trindade não retornou o contato da Jovem Pan até o fechamento desta reportagem.
*Com informações da repórter Marcella Lourenzetto
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