O diretor do site The Intercept Brasil, Glenn Greenwald, disse que não vai “fugir” do país. A declaração foi dada nesta terça-feira (31) durante um ato em apoio a ele realizado na Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro.
Glenn, que é cidadão norte-americano, mostrou o passaporte para os apoiadores dizendo que tem a prerrogativa de sair do país “a qualquer minuto”, mas que decidiu não fazer isso.
O diretor do The Intercept também afirmou que sabe a importância do que está fazendo.
Desde o dia 9 de junho, o site The Intercept Brasil tem publicado diálogos que teriam sido vazados do celular de autoridades, como os procuradores da força-tarefa da Lava Jato no Paraná.
O hacker Walter Delgatti Neto, que foi preso e assumiu a autoria do ataque aos telefones, afirmou ter repassado as mensagens a Glenn, mas que não foi pago por isso.
No fim de semana, o presidente Jair Bolsonaro classificou Gleen como “malandro” e disse que “talvez pegue uma cana no Brasil.”
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM) gravou um vídeo, que foi exibido durante o evento, defendendo o “sigilo da fonte” e a “liberdade de expressão.”
O ato em solidariedade a Glenn Greenwald teve a participação de artistas como Chico Buarque, Wagner Moura, Marcelo D2 e Camila Pitanga. Os deputados Marcelo Freixo (PSOL) e Jandira Feghali (PCdoB) também estiveram presentes.
*Com informações do repórter Afonso Marangoni
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