Em depoimentos à Polícia Federal, três dos presos suspeitos por hackear o ministro da Justiça, Sergio Moro, e procuradores da Operação Lava Jato, apresentaram versões nas quais tratam Walter Delgatti Neto, conhecido como “Vermelho”, o líder do grupo.
O DJ Gustavo Henrique Elias Santos afirmou, conforme a GloboNews, que também chegou a ser hackeado por Neto em fevereiro, e que desconhece a fonte de renda dele. Segundo Santos, “Vermelho” teria confirmado a invasão e, meses depois, revelado que tinha acessado a conta de Moro no Telegram. Santos declarou que tem registros da troca de mensagens.
De acordo com ele, a movimentação financeira foi feita com negociações em criptomoedas. O DJ afirmou que Delgatti Neto é “simpatizante do PT” e que pretendia vender as mensagens acessadas para o partido.
- Leia os depoimentos na íntegra
- Delgatti conta que chegou a Glenn Greenwald através de Manuela D’Ávila
Já o motorista Danilo Cristiano Marques, também acusado, relatou que emprestou seu nome para “Vermelho” alugar um imóvel em Ribeirão Preto em 2018. No entanto, disse que não recebeu pagamentos ou vantagens para isso.
Suelen Priscila de Oliveira, outra das presas, assegurou que desconhece as operações financeiras do namorado Gustavo, mas confirmou que ele fazia movimentações em seu nome.
Entenda
Os quatro foram presos na última semana na Operação Spoofing, deflagrada pela Polícia Federal. De acordo com as autoridades, aproximadamente mil contas telefônicas foram alvos dos criminosos, incluindo a do presidente Jair Bolsonaro.
O padrão de ação dos hackers foi identificado em dez dias pelos policiais. Depois, foram localizados os IPs dos equipamentos e feito o rastreamento do grupo. Trata-se de um bando com perfil de estelionato eletrônico, especialista em fraudes bancárias, inclusive envolvendo cartões de débito e crédito.
* Com informações do Estadão Conteúdo
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