A concentração dos principais gases do chamado ‘efeito estufa’ atingiu um novo recorde em 2018. Foi o que revelou a Organização Meteorológica Mundial, agência ligada à Organização das Nações Unidas.
Com base nos níveis do período pré-industrial, da metade do século XVIII, os cientistas identificaram alguns recordes:
O dióxido de carbono ou CO2, principal causador do fenômeno, está em nível 147% maior que naquele período. Já o gás metano tem volume 259% superior, enquanto o óxido nitroso excede em 123%.
Ao todo, 60% das emissões de metano são causadas pela atividade humana. Já o óxido nitroso tem forte impacto na camada de ozônio.
O secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial, Petteri Taalas, disse nesta segunda-feira (25) que esse volume de CO2 é compatível com a atmosfera da Terra entre 3 e 5 milhões de anos atrás.
Nesse período a temperatura média do planeta era 2º ou 3º mais quente e o nível do mar até 20 metros superior ao atual.
Segundo ele, países de fora da OCDE passaram a contribuir menos com a redução, o que mostra que China, Estados Unidos e União Europeia não vão resolver o problema sozinhos.
Norte-americanos, europeus, chineses e indianos são responsáveis por 56% de toda a emissão dos gases responsáveis pelo efeito estufa. A agência também informou que “não há indícios visíveis de desaceleração” no processo.
O alerta foi divulgado poucos dias antes do início da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP25, que ocorrerá entre os dias 2 e 13 de dezembro, em Madri, na Espanha, e quase um mês depois que os Estados Unidos oficializaram a saída do acordo de Paris.
Na quarta-feira (27), a Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas, no Congresso, promove audiência pública para discutir o monitoramento do alcance das metas do pacto no Brasil.
Foram convidados os ministros Ricardo Salles, do Meio Ambiente, e Marcos Pontes, de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
*Com informações do repórter Matheus Meirelles
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