O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse neste sábado (28) ter considerado ordenar que suas Forças Armadas capturassem os cinco desertores que estão no Brasil, que seu governo acusa de atacarem um quartel militar no sul do país, onde um oficial foi morto e 120 fuzis e nove lança-granadas foram roubados.
“Nosso exército chegou à fronteira (com o Brasil) e viu os criminosos terroristas daquele lado. Tínhamos um dilema: entrar e capturá-los e trazê-los ou respeitar a fronteira e soberania com o Brasil. Tínhamos um dilema, pois o terrorismo não tem fronteiras”, disse o presidente, em sua saudação de fim de ano às Forças Armadas.
“(Mas) tomamos a decisão certa de acordo com o direito internacional. O território brasileiro é sagrado, a Venezuela reconhece isso e respeitamos o território brasileiro”, acrescentou.
O Exército brasileiro reteve na última quinta (26), em Roraima, cinco militares venezuelanos em uma reserva indígena e começou a interrogá-los para descobrir as razões de sua presença no país.
O comunicado assinado pelos ministérios da Defesa e Relações Exteriores indicava que os militares estavam desarmados, mas não esclareceu se foram presos.
Neste sábado foi revelado que os cinco venezuelanos iniciaram os procedimentos para serem acolhidos no país como refugiados.
O governo de Maduro disse anteriormente que esses combatentes são “desertores” das Forças Armadas da Venezuela e responsáveis pelo ataque, no último dia 22, em uma instalação militar em Gran Sabana.
Além disso, Nicolás Maduro anunciou ter ativado os “procedimentos diplomáticos” para solicitar ao Brasil entrega dos cinco militares.
*Com informações da EFE
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