O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou uma votação parlamentar para decidir sobre uma possível intervenção militar na Líbia. A questão é se os turcos devem ou não enviar tropas para ajudar o governo líbio a combater o exército do marechal Khalifa Haftar, que controla o leste do país.
Ele ocupa a região desde 2014, quando fracassou em uma tentativa de golpe de estado e passou a receber apoio do Egito e da Arábia Saudita.
O Conflito se agravou quando Haftar desobedeceu os termos de um acordo de paz mediado pela ONU e se negou a reconhecer um governo de união nacional na capital líbia Trípoli.
O ministro do Interior do Governo de União Nacional, Fathi Bachagha, apoiou a possibilidade de intervenção anunciada pela Turquia e garantiu que o grupo ainda pode solicitar formalmente o auxílio militar.
Para justificar a intervenção, a Turquia argumenta que o Governo de União Nacional é reconhecido pela ONU, enquanto o marechal Haftar não tem legitimidade internacional. No discurso, o presidente turco explicou que a moção para o envio de tropas será apresentada ao parlamento no dia 7 de janeiro.
No último sábado (21), o parlamento já havia aprovado um acordo de cooperação militar e de segurança firmado em novembro com o Governo de União Nacional que permite o envio de militares e policiais missões de treinamento.
O marechal Haftar obteve pequenos avanços em direção à capital Trípoli nas últimas semanas, mas não conseguiram chegar ao centro da cidade. Ele recebe apoio de Rússia, Jordânia, Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes Unidos.
Além da Turquia, o Governo de União Nacional recebe apoio também do Qatar.
O conflito civil se agravou na Líbia em 2011, quando foi deposto o regime do ditador Muammar Gaddafi.
*Com informações do repórter Renan Porto
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