O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, fez críticas ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, e ao do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
Em um evento do banco Credit Suisse, em São Paulo, ele disse que 2020 corre o risco de não ser um ano “tão bom” se a questão do meio ambiente não for resolvida:
“Eu não sei como o governo vai fazer com o seu ministro do Meio Ambiente. Eu acho que, de alguma forma, ele perdeu as condições ser o interlocutor. Radicalizou demais, não sei se combinado com o presidente ou não. Mesma coisa sobre o Ministério da Educação. Como é que faz? Como é que faz quando o investidor vê que o país tem um ministro da Educação desse? Acha que o Brasil não tem futuro. E parece que tinha um passado ruim, porque conseguiu fazer um cara desses ministro da Educação.”
O presidente da Câmara ainda disse que vai dar “celeridade” à reforma administrativa assim que o governo apresentar a proposta. Ele acredita que o texto pode ser aprovado ainda neste ano:
“Nós temos um Estado que não tem nem tantos servidores, mas ele custa caro. O salário médio dos servidores do Governo Federal, dos três poderes, na média é o dobro dos seus equivalentes no setor privado. Se ele custa caro, sobra pouco recurso para investir no cidadão. Se ele é ineficiente, a qualidade do serviço para atender o cidadão não é de boa qualidade”.
Em relação à reforma tributária, Rodrigo Maia disse esperar que ela esteja aprovada até abril.
“Eu acho que é uma matéria que não é simples. Eu estou bem otimista, mas acho que está na hora de enfrentar e conseguir avançar na tributária.”
Rodrigo Maia disse que as reformas vão ajudar as eleições municipais deste ano. Segundo ele, “é impossível” que um deputado que for candidato a prefeito e conseguiu votar a reforma tributária perca a disputa eleitoral.
Maia afirmou também que a PEC Emergencial, que cria mecanismos para conter despesas públicas, pode ter tramitação abreviada na Câmara.
* Com informações do repórter Afonso Marangoni.
Nenhum comentário:
Postar um comentário