A chuva voltou a castigar a grande Belo Horizonte na noite desta terça-feira (28). Na capital, ruas e avenidas ficaram embaixo d’água.
A Defesa Civil Municipal registrou temporais extremamente fortes em quatro regiões. Em pouco mais de três horas, choveu 175mm no Centro-Sul — mais da metade do esperado para todo o mês de janeiro.
O Mercado Central, um dos principais pontos turísticos de BH, teve a entrada completamente tomada pela água. Um vídeo gravado por moradores da região mostra que o cruzamento da avenida Augusto de Lima com a rua Santa Catarina se transformou em um rio.
No bairro Anchieta, os bueiros não deram conta do volume de água. Pizzarias, pastelarias e restaurantes ficaram alagados, inclusive na Avenida do Contorno — uma das mais importantes da cidade.
Júlia Antoniol ficou presa no trânsito na hora do temporal e conta que importantes vias ficaram intransitáveis. “Eu tô agora no estacionamento porque a gente não tem pra onde ir. Não conseguimos ir para o Centro, nem entrar na Prudente [de Morais] porque está tudo alagado. O Lourdes todo está embaixo de água.”
Parte do teto do BH Shopping, que fica em uma área nobre da capital, desabou. Clientes filmaram o momento em que a estrutura caiu.
Em nota, a assessoria do shopping informou que algumas placas do forro de gesso do 4° piso se soltaram devido às fortes chuvas e que ninguém ficou ferido.
Em Nova Lima, na região metropolitana, um homem de 45 anos morreu soterrado.
Desde sexta-feira (24), a região metropolitana de Belo Horizonte enfrenta temporais que têm deixado um rastro de mortes e destruição. Segundo o último balanço da Defesa Civil de Minas, já são mais de 50 mortos no estado em decorrência das chuvas.
Uma pessoa continua desaparecida na cidade de Conselheiro Lafaiete.
Das mortes, 42 foram em decorrência de soterramentos, desmoronamentos ou desabamentos. Oito pessoas morreram arrastadas pelas águas e, duas, por afogamento. Belo Horizonte concentra a maioria dos óbitos: 13.
O Jardim Alvorada, na região da Pampulha, foi um dos bairros mais afetados com as chuvas dos últimos dias.
Liliane Rodrigues disse que não sabia que ali era uma área de risco. “Quando o meu esposo comprou lá não sabia, né? Quando eu fiquei sabendo que era de risco, foi no dia que aconteceu o desastre.”
A expectativa é de que continue chovendo na grande BH nos próximos dias.
*Com informações do repórter Afonso Marangoni
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