O novo secretário executivo da Casa Civil, Fernando Moura, que era secretário adjunto da pasta, foi nomeado ontem, depois de uma determinação do presidente Jair Bolsonaro.
A demissão de Vicente Santini, por utilizar avião da Força Aérea Brasília (FAB) em viagens oficiais à Davos, na Suíça e à Índia.
Assim que chegou à Brasília o presidente demonstrou irritação com a atitude do auxiliar do ministro Onyx Lorenzoni.
“Inadmissível o que aconteceu. Já está destituído da função de executivo do Onyx, decidido por mim. Vou conversar com o Onyx para ver quais outras medidas podem ser tomadas contra ele. É Inadmissível, ponto final.”
Em entrevista ao Pingos nos ís, o senador Lasier Martins, lembrou que ele tem um projeto de 2015 que trata exatamente do assunto. A proposta,segundo ele, que deverá ser analisada agora na volta do recesso, e tem como objetivo evitar abusos na utilização de aviões da FAB, obrigando que sejam informados o objetivo da viagem , destino, tempo de duração e nomes de todos os passageiros.
“Detalhadamente tem que ser tudo esclarecido, para não acontecer o que o Santini fez agora. Esse gasto, pelo que andei avaliando, deve ter custado uns R$ 700 mil aos cofres públicos, para o contribuinte. Não pode ser assim. É um gasto estúpido e é irregular.”
A orientação hoje dentro do governo é que em viagens internacionais, os ministros utilizem a classe econômica de aviões comerciais. Foi o que fez o ministro da Economia, Paulo Guedes e a ministra da Agricultura, Teresa Cristina, que gozam de um grande prestígio junto ao presidente da república.
Alguns pagam a diferença do próprio bolso para viajar de executiva. Mas aviões da FAB foram barrados informalmente, uma vez que quando são requisitados, a Força Aérea só checa se o pedido atende às regras.
Pela lei são autorizados a utilizar os aviões da FAB, presidente da república e vice, presidentes da Câmara, senado e supremo tribunal federal, ministros de estado, além dos comandantes e chefes das forças armadas. No caso de Vicente Santini, o próprio presidente disse que não houve ilegalidade mas que a utilização do avião fretado, que é caro, foi totalmente imoral.
Dentro do governo a avaliação é que o presidente em breve, pretende mudar a regra atual e limitar os vôos com aviões da FAB, como forma de economizar recursos.
* Com informações da repórter Luciana Verdolin
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