A Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo confirmou nesta quarta-feira (29) que há três casos suspeitos de coronavírus na capital: duas crianças, de 6 e 4 anos, e um homem de 33 anos. Em entrevista à Jovem Pan, a diretora da Vigilância Epidemiológica, Helena Sato, informou que os exames que comprovarão ou descartarão a suspeita devem ficar prontos em até 15 dias.
“Não necessariamente os casos suspeitos serão confirmados. Há uma estimativa de 10 a 15 dias para recebermos o resultado dos exames já feitos, mas, independentemente disso, todas as medidas estão sendo tomadas”, afirmou.
Helena destacou ainda que as pessoas que tiveram contato com os três casos suspeitos na cidade de São Paulo, como os pais das duas crianças (que são irmãs), estão sendo acompanhadas, mas não apresentam sintomas da doença.
“As pessoas que tiveram contato com esses casos estão sendo acompanhadas também. Todos estão bem, no entanto, é importante acompanhar. Nós já temos todo um sistema de notificação e só são considerados suspeitas pessoas que apresentarem febre e sintomas respiratórios, que tenham visitado a China nos últimos 14 dias, de acordo com a recomendação da OMS”, afirmou.
Os três casos estão em isolamento domiciliar, informou a pasta nesta quarta. De acordo com a diretora da Vigilância Epidemiológica, isso é o que recomenda o protocolo.
“Essas três pessoas estão passando bem e ficam no isolamento domiciliar. Estamos falando de uma nova doença então é importante esclarecer que elas estão bem. No entanto, o protocolo recomenda o isolamento em casa. Não há necessidade de isolamento hospitalar. A recomendação para eles [casos suspeitos] é para ficar dentro de casa nos próximos 14 dias.”
Nesta sexta, a Organização Mundial da Saúde (OMS) deve realizar nova reunião para definir se há necessidade de alerta global. Ainda nesta tarde, o Ministério da Saúde informou que há 9 casos suspeitos no país, incluindo os da capital paulista.
Para Helena, a experiência que a capital e o Brasil possui com epidemias, como a H1N1, ajuda no acompanhamento dos casos suspeitos.
“Nós passamos por situações semelhantes há quase 10 anos com o H1N1. Mas 6 meses depois já tínhamos vacina e tínhamos também a definição do caso. Isso trouxe uma experiência importante para nossas equipes de saúde. Agora, é importante termos serenidade e acompanharmos os casos suspeitos e as notificações e, com isso, vamos avaliando mais a miúde caso a caso”, afirmou.
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