Subiu para 106 o número de mortos na China pelo surto de coronavírus. Na província de Hubei, onde fica a cidade de Wuhan, considerada epicentro da doença, outras 1291 pessoas foram infectadas. Agora, já são mais de 4.500 casos.
Nesta segunda-feira (27), foi confirmada a primeira morte em Pequim em decorrência de complicações respiratórias causadas pelo vírus. Segundo a rede estatal CCTV, a vítima visitou recentemente Wuhan.
A maioria dos mortos até agora eram idosos e tinham outros problemas de saúde associados.
A Alemanha também confirmou o primeiro caso do novo coronavírus. De acordo com as autoridades, o paciente está em boas condições, isolado e com monitoramento constante.
Ao redor do mundo, vários países já confirmaram casos da doença.
A Organização Mundial da Saúde passou a classificar nesta segunda-feira como “elevado” o risco internacional de contaminação pelo novo coronavírus. A OMS disse que cometeu um “erro de formulação” ao classificar, anteriormente, o risco como “moderado”.
Na prática, a alteração da nomenclatura não muda o protocolo que a Organização vem adotando para o surto.
Em meio a críticas, o prefeito de Wuhan, Zhou Xianwang, e o secretário do Partido Comunista local, Ma Guoqiang, anunciaram que vão deixar os cargos. O prefeito admitiu ter escondido, no início, informações sobre o surto de coronavírus. Xianwang também confirmou que mais de 5 milhões dos 11 milhões de moradores deixaram a cidade antes do início da restrição a viagens.
O governo de Pequim decidiu nesta segunda-feira prolongar por três dias o feriado do Ano Novo Chinês, justamente para adiar o grande fluxo de pessoas e reduzir o risco de propagação da doença.
Diante do aumento de casos, as autoridades chinesas anunciaram que vão construir um segundo hospital de emergência em Wuhan, com 1300 leitos. A obra deve ficar pronta em duas semanas e vai tratar apenas pacientes infectados por coronavírus.
Na sexta-feira (24), o governo de Pequim já havia anunciado a construção de um outro hospital, com 1000 leitos, que deve ser inaugurado daqui a uma semana e terá 25 mil m².
Nesta segunda-feira, os estoques de máscaras protetoras, desinfetantes para as mãos e outros suprimentos destinados a proteger contra o vírus sumiram rapidamente das prateleiras dos comércios que abriram as portas em Wuhan.
Autoridades dos Estados Unidos recomendaram que sejam feitas apenas viagens essenciais à China. O Departamento de Estado emitiu um aviso categórico para que não se vá à província de Hubei, onde o surto de coronavírus começou.
*Com informações do repórter Afonso Marangoni
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