O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, determinou que o depoimento do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, seja realizado em até cinco dias. O ex-juiz da Lava Jato terá que esclarecer as acusações feitas contra o presidente Jair Bolsonaro na sexta-feira (24), quando deixou o cargo.
Desde que o STF aceitou a investigação solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para apurar as falas de Moro, a Corte tinha estabelecido um prazo de 60 dias para que ele fosse ouvido. No entanto, parlamentares pediram que o caso fosse investigado antes, por considerarem o período muito extenso, o que poderia levar a perda de provas.
O prazo de 60 dias ainda não tinha começado a valer, porque o decano do Supremo estava aguardando que a PGR se manifestasse sobre o pedido de apreensão do celular da deputada Carla Zambelli. O procurador-geral da República, Augusto Aras se opôs a ideia de realizar a perícia no telefone.
Ele enviou manifestação ao STF discordando da apreensão e reiterando a necessidade de cole que servirá como formalização das acusações feitas por Sergio Moro. Aras também apontou três procuradores para acompanhar o depoimento. Se as declarações não forem comprovadas, o ex-ministro pode responder por denunciação caluniosa e crimes contra a honra.
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública disse, em entrevista à Veja, que considerou o pedido de investigação feito por Augusto Aras pelo como intimidador. Moro disse que a abertura desse inquérito aponta que ele teria cometido uma ação caluniosa. Ele afirmou ainda que está à disposição das autoridades.
Sergio Moro foi questionado sobre quais provas, mas reiterou que só vai se pronunciar quando for questionado pela Justiça. Ele disse ainda que pode observar que o combate à corrupção não era uma prioridade do governo de Jair Bolsonaro.
*Com informações da repórter Camila Yunes
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