sexta-feira, 1 de maio de 2020

Boris Johnson fala em ‘luz no fim do túnel’ e ressalta que é vital ‘não perder o controle’

A luz no fim do túnel nesta pandemia de coronavírus finalmente foi acesa, se é que podemos acreditar nas palavras de Boris Johnson. O primeiro-ministro britânico retomou na quinta-feira (30) a entrevista coletiva diária do governo britânico para falar sobre a situação do covid-19 por aqui.

O chefe de Downing Street confirmou que 674 pessoas perderam a vida por causa da doença só nas últimas 24 horas. Dessa forma, o total de mortes nesta pandemia na Grã Bretanha já se aproxima de 27 mil pessoas.

Mesmo assim, Johnson se esforçou o quanto pode para trazer um tom otimista para o país. Falou inclusive em sucesso — apesar do país ser um dos mais atingidos do planeta pela pandemia.

Para Boris é de se comemorar o fato de que o sistema público de saúde não entrou em colapso, como ocorreu em outras partes do mundo. O primeiro-ministro garantiu que os dados das últimas semanas indicam que o pior já passou por aqui.

Boris Johnson disse: “Passamos pelo pico, ou melhor, passamos pelo que poderia ter sido um pico vasto, como se estivéssemos atravessando um imenso túnel. E agora podemos ver a luz do sol à nossa frente. E, portanto, é vital que agora não percamos o controle e colidamos com uma segunda e ainda maior montanha “.

O alerta vale para manter a população engajada com a quarentena, apesar de aqui também crescerem os pedidos por uma flexibilização. Mas a diferença crucial entre a situação do Reino Unido e do Brasil é o fato de que o pico das contaminações já foi atingido.

E mesmo assim Boris Johnson lembra que os britânicos vão ter que continuar mostrando disciplina para superar essa fase, porque até agora a única arma realmente eficaz para combater de alguma forma o coronavírus é o isolamento social.

O governo britânico vai anunciar na semana que vem as diretrizes que vão nortear o processo de reabertura do país, mas todos já estão cientes de que será um processo lento e que vai demorar um bom tempo para ser finalizado.

Porque, como o próprio Boris Johnson disse, o país não está preparado para lidar com uma segunda onda de contaminações em massa. Seria catastrófico para a saúde pública e ainda mais devastador para a economia do país.

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