Ex-ministros da Cultura que integraram diferentes governos desde a redemocratização do país divulgaram, nesta terça-feira (2), um manifesto pedindo pela recriação da pasta pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). Eles questionam a redução dos recursos para o setor, citando como exemplos o contingenciamento do Fundo Nacional da Cultura.
Marcelo Calero, ministro da Cultura durante o governo do ex-presidente Michel Temer, disse que o que preocupa é essa retórica de que a cultura é um inimigo. “Eu vejo pessoas na internet, nas redes sociais, comemorando algum desinvestimento, quando uma empresa anuncia que vai para de investir em determinado museu. Então que país que nós queremos? Hoje em dia se preocupa mais em se alimentar uma retórica de que a cultura é de esquerda… Veja, eu não sou de esquerda. Ou que nós estamos em um ‘marxismo cultural’. Aí vem o sujeito, o astrólogo lá da Virgínia falar disso. O que é isso, que país a gente quer? Quer museu só para aqueles que tiverem a oportunidade de viajar para o exterior? Então a inscrição dessas políticas como resultado de aspectos técnicos, isso tem que ser algo geral no governo”, explicou.
Além de Marcelo Calero, participaram da reunião os ex-ministros Luiz Roberto Nascimento e Silva, do governo Itamar Franco, Francisco Weffort, do governo Fernando Henrique, Juca Ferreira, do governo Lula e Marta Suplicy, ministra do governo Dilma.
Segundo eles, a preservação de leis aprovadas pelo Congresso para a valorização da cultura nacional não podem ser ignoradas. Criado em 1985, durante a presidência de José Sarney, o Ministério da Cultura foi extinto pelo governo Bolsonaro em janeiro, e a Secretaria Especial de Cultura foi alocada no Ministério da Cidadania.
*Com informações do repórter Victor Moraes
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