A Cúpula do G-20 termina com Estados Unidos fora da declaração final e destaque para a atuação dos países em encontros bilaterais ou fora da reunião. A resolução apoiada pelos outros dezenove membros reafirmou o suporte ao Acordo do Paris contra as mudanças climáticas.
Donald Trump, que ficou de fora, se concentrou na atuação individual, colocando uma trégua na guerra comercial com a China. No sábado (29), o presidente dos Estados Unidos disse que conversou com Xi Jinping e que ele desistiu de tomar medidas que estavam prestes a ter efeito.
No domingo (30), Trump surpreendeu o mundo a se encontrar com o ditador da Coreia do Norte, Kin Jong-Un. Ele já tinha uma visita agendada com o presidente da Coreia do Sul, mas o estadunidense visitou a zona desmilitarizada e atravessou a fronteira. Foi a primeira vez que um ocupante da Casa Branca visitou o país enquanto estava no cargo.
Acordo Mercosul-UE
Em outra frente, enquanto os líderes do Brasil, da Argentina e da União Europeia conversavam em Osaka, um acordo histórico foi celebrado em Bruxelas. Depois de quase trinta anos de tratativas, o Mercosul e o bloco europeu chegaram a um acordo de livre comércio.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) celebrou o resultado e lembrou que ele depende agora da confirmação do Congresso.”Houve a concretização do Mercosul e as informações que eu tenho são as melhores possíveis. Entra em vigor daqui uns dois anos, três, depende dos parlamentos. Vamos ver se o nosso, talvez seja um dos primeiros a aprovar, espero”, afirmou.
O professor de relações internacionais Carlos Gustavo Poggio aponta que o movimento entre Mercosul e União Europeia reflete uma mudança importante no campo econômico. Para ele, o livre comércio se fortalece entre outros atores enquanto os Estados Unidos assumem uma outra postura. “Nós estamos no meio de uma transição política, econômica, em que nós estamos só agora compreendendo o que é essa transição para um mundo em que os EUA não são mais o país que lidera um processo de abertura comercial.”
A próxima cúpula do G-20 está marcada para novembro do ano que vem em Riad, na Arábia Saudita. O grupo reúne os países com as dezenove principais economias do mundo mais a União Europeia.
*Com informações do repórter Tiago Muniz
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