Em uma das audiências mais conturbadas do ano, o ministro Sergio Moro se defendeu das supostas mensagens trocadas por ele e por procuradores da Lava Jato, divulgadas pelo site The Intercept Brasil.
Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ele apontou que os vazamentos são ilegais e frutos de um crime. Moro alega que parou de usar o aplicativo Telegram em 2017, portanto é impossível lembrar o que ele teria dito.
“Eu não reconheço a autenticidade dessas mensagens, não tenho mais essas mensagens no meu aparelho celular, Não tenho como ver essas mensagens e alegar que não minhas”.
O ministro ainda alega que nas mensagens atribuídas a ele e aos procuradores da Lava Jato não há nenhuma ilegalidade. Moro lembrou que, na Justiça brasileira, é normal um juiz fazer contato com outras partes dentro da lei.
A audiência foi marcada por tumulto, discussões, interrupções e gritaria. Parlamentares governistas e de oposição trocaram farpas enquanto atacavam ou defendiam o ex-juiz. Por diversas vezes, o presidente da CCJ Felipe Franceschini teve que intervir.
O ministro da Justiça também não poupou críticas ao site The Intercept. “Eles diziam ‘ah, eu tenho um material bombástico que eu vou revelar daqui uma semana’. E o que apareceu em três semanas? Um balão vazio, cheio de nada”.
De acordo com Moro, a Polícia Federal está investigando a invasão ao celular dele e dos procuradores da Lava Jato.
*Com informações do repórter Levy Guimarães
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