O relator da reforma da Previdência na comissão especial, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), apresenta nesta terça-feira (2) o voto complementar com as mudanças que fez no parecer que já havia sido apresentado por ele. Antes, o parlamentar e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) se reúnem com os governadores para tentar fechar um acordo em relação à inclusão de estados e municípios no texto da proposta.
Eles querem que os comandantes estaduais, que também enfrentam dificuldades financeiras por conta do déficit previdenciário, exijam que os deputados e aliados apoiem a reforma. Isso vale para os governadores, inclusive, da oposição.
O líder do Podemos, deputado José Nelto, diz que há uma espécie de conflito de interesses e é preciso que todos aqueles que querem ver a reforma aprovada se envolvam ativamente na articulação pelos votos. “É muito fácil. O que querem os governadores? Casados, levando a vida de solteiros. Não trazer nenhum voto para a reforma de Previdência e, mais ainda, criticando lá na base os parlamentares nossos, que querem construir uma nova Previdência para o Brasil”, afirmou.
A expectativa era que o voto complementar de Moreira já tivesse sido apresentado e lido na última quinta-feira (27). O atraso do cronograma, no entanto, não deve atrapalhar os planos de ver o texto aprovado pela comissão especial e encaminhado para o plenário ainda nesta semana.
Essa é avaliação, inclusive, do presidente do colegiado, deputado Marcelo Ramos (PL). “Nós temos uma chance histórica de dar um passo significativo no necessário equilíbrio fiscal do nosso país e nós não podemos fazer isso pela metade. Nós podemos, definitivamente, resolver a questão previdenciária no país equilibrando as contas de todos os entes federativos”, ressaltou.
O adiamento se deu justamente porque ainda há uma perspectiva de estados e municípios. Apesar de a reforma ser uma proposta do governo, o principal articulador dela tem sido o presidente da Câmara. Maia avalia que com o apoio dos governadores e a pressão dele sobre os aliados, o texto passa pela comissão especial e pelo plenário sem dificuldades.
A expectativa do presidente da Câmara, do relator e do presidente da comissão é que o parecer seja votado, no mais tardar, na quinta-feira (4). A ideia é concluir toda essa etapa nessa semana para que nas duas que faltam até o recesso parlamentar, votar a proposta no plenário da Câmara. Para isso, no entanto, o governo precisará garantir a presença dos aliados na Casa, já que a oposição já anunciou que vai trabalhar para atrasar o processo ao máximo apresentado o chamado “kit obstrução.”
*Com informações do repórter Antonio Maldonado
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