Aos 35 anos, Heloísa Rocha se vira como pode para circular por São Paulo. Desde que nasceu ela convive com a osteogênese imperfeita, uma condição rara que causa fragilidade nos ossos.
Além das calçadas esburacados e falta de rampas, Heloísa enfrenta dificuldades até mesmo dentro de casa.
“O meu apartamento onde eu moro é plano, então facilita minha locomoção. Porém o banheiro é muito pequeno e não consigo entrar com a cadeira de rodas.”
Um decreto que entra em vigor nesta segunda-feira (27) promete mudar esse cenário.
As construtoras e incorporadoras serão obrigadas a construir apartamentos que possam ser adaptados às pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida. Os projetos deverão considerar, por exemplo, largura de portas e corredores, desníveis e altura de janelas.
Para o vice-presidente de Tecnologia do Sindicato da Habitação de São Paulo, Carlos Borges, a nova norma é positiva. “O setor como um todo apoia completamente a nova regulamentação e entende como um valor extremamente importante.”
Segundo a advogada especialista em direito imobiliário, Jéssica Wiedtheuper, do Mota Kalume Advogados, os proprietários poderão solicitar as adaptações antes mesmo do prédio ficar pronto.
A Heloísa mora em um condomínio antigo na região central de São Paulo e diz que as mudanças nos novos prédios residenciais vão dar mais autonomia para pessoas com deficiência.
A nova Lei de Inclusão também prevê áreas externas acessíveis e 2% das vagas de garagens reservadas para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. As construtoras estão proibidas de cobrar valores adicionais pelos serviços.
*Com informações da repórter Letícia Santini
https://ift.tt/36rrsNj https://ift.tt/2viWsCe
Nenhum comentário:
Postar um comentário