O executivo Carlos Ghosn se encontrou com o presidente do Líbano, Michel Aoun, depois de fugir do Japão. A informação foi divulgada pela agência Reuters, que ouviu duas pessoas próximas ao brasileiro.
Uma das fontes relata que, depois que chegou a Beirute, o ex-presidente da aliança Renault-Nissan foi cumprimentado de forma efusiva pelo presidente libanês. No encontro, Ghosn teria agradecido a Aoun pelo apoio que ele e a mulher receberam durante o tempo em que esteve preso.
Um assessor de imprensa do gabinete da presidência do Líbano negou que os dois tenham se encontrado. As autoridades do país também disseram que não há por que entrar com ações legais contra Ghosn, que tem cidadania libanesa e entrou no país de forma legal com passaporte francês.
Segundo a Reuters, o plano para a fuga foi arquitetado ao longo de três meses. O brasileiro, de 65 anos, cumpria prisão domiciliar em Tóquio, acusado de má conduta financeira.
A imprensa libanesa chegou a dizer que Carlos teria fugido escondido em uma caixa de instrumento musical, depois que uma falsa banda de Natal se apresentou na casa dele. Mas, falando à Reuters, a esposa dele, que está nos Estados Unidos, disse que essa história é “ficção pura”.
Pessoas próximas ao executivo dizem que ele não está disposto a revelar detalhes da fuga para não colocar em risco os que o ajudaram no Japão. Ele está hospedado na casa de parentes de sua mulher, mas tem planos para voltar a um condomínio fechado de luxo em Beirute.
Em um comunicado emitido na terça-feira (31), Ghosn confirmou que está no Líbano e disse que não fugiu da Justiça, mas sim “da injustiça e da perseguição política”.
*Com informações do repórter Afonso Marangoni
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