O varejo em São Paulo sai dos grandes centros e se expande cada vez para as periferias da capital. Essa é uma das conclusões da primeira etapa da pesquisa Polos Varejistas de Rua da Cidade de São Paulo, realizada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.
O estudo mapeou a localização de lojas, bancos, farmácias e mercados e notou o movimento do comércio para regiões distantes do centro da cidade, como Perus, na zona Norte, e São Mateus, na zona Leste
A pesquisadora da ACSP, Larissa Campagner, explica como se deu essa expansão. “O que nos chamou atenção é que existem polos muito fortes também em áreas mais periféricas e algumas delas muito periféricas. Por exemplo, o polo de Perus, na estação da CPTM. É um polo muito distante, uma região que está quase no limite com a região metropolitana, é cercado de verde por todos os lados. E ali tem um polo de nível um, que agrega uma diversidades e complexidades varejistas.”
Além de ser o primeiro mapeamento completo do varejo paulistano, Campagner também aponta que o relatório é um banco de dados rico para auxiliar o governo a elaborar políticas públicas nesses locais periféricos. “Então esse banco vai apontar quais as principais questões pendentes em cada um desses lugares. Então se nós quisermos tratar calçadas, acessibilidade, esses são os pontos principais. Então o poder público também é interessado e a própria academia, né, que foi onde começou essa pesquisa”, afirma.
Ao todo, foram analisados pela Associação 424 polos comerciais, que foram separados em níveis, de acordo com a quantidade de espaços comerciais abertos nos locais. A segunda etapa do relatório, que ainda está em fase de apuração, pretende investigar como atua o varejo especificamente nos centros comerciais de nível mais alto.
*Com informações do repórter Leonardo Martins
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