domingo, 27 de outubro de 2019

Produtora antecipa espetáculo com Claudia Raia para usar lei antiga

A nova comédia musical de Claudia Raia e Jarbas Homem de Mello, ‘Conserto Para Dois’, só deve chegar a São Paulo em junho de 2020. Isso porque ela e Jarbas decidiram retomar o hábito de excursionar pelo País, o que se tornou proibitivo com as grandes produções, que enfrentam altos custos de transporte e hospedagem, além da ausência de teatros capacitados a receber tais espetáculos.

“No início da minha carreira, viajei para diversas cidades brasileiras, em todas as regiões, o que faremos agora, aproveitando minhas férias na Globo”, explica Claudia, que também fará uma turnê de seis semanas em Portugal.

Em cena, ela e Jarbas se dividem entre 11 personagens, o que exige uma troca rápida de figurinos. “É um exercício de interpretação, pois temos de adaptar voz e postura em questão de segundos”, conta Jarbas, que divide a direção com Kátia Barros. A direção musical é assinada por Tony Lucchesi, que também criou as canções originais ao lado de Thiago Gimenes e Anna Toledo, que ainda é autora do texto.

Em 2020, o público ainda poderá saborear espetáculos de grande porte. Isso porque muitos produtores aprovaram seus projetos ainda em 2018, quando vigorava a antiga Lei Rouanet. “Sempre me antecipo, mas, no ano passado, percebendo que o novo governo poderia mudar tudo, me antecipei ainda mais”, conta a produtora Stephanie Mayorkis.

Prêmios são obrigados a se reestruturarem 

Com a diminuição na quantidade de musicais em cena, os prêmios dedicados aos artistas da área também foram obrigados a se adaptarem. Precavido, o Bibi Ferreira, o mais prestigioso, já abriu, na edição deste ano (a sétima), espaço para profissionais do teatro não cantado.

Também alterado será o Prêmio Reverência, criado em 2015 por Antonia Prado: se, até o ano passado, seu formato era tradicional ao premiar os melhores do ano em atuação no Rio e em São Paulo, agora ele deixará de ter um caráter competitivo. E também não contará com uma cerimônia de entregas habitual, transformando-se em um programa a ser exibido por uma emissora de TV.

Dessa forma, o projeto deixa de utilizar a palavra “prêmio”, tornando-se apenas Reverência. “O momento atual pede união, portanto não podemos ter algo competitivo”, conta ela, que ainda negocia com uma TV.

* Com informações do Estadão Conteúdo.

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