A diretoria da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, vai tentar votar nesta terça-feira (3) as propostas que tratam do uso medicinal da planta da maconha. Dois textos deverão ser analisados.
Um deles autoriza que a Cannabis sativa seja produzida no Brasil, para fins científicos. Pela proposta, o plantio só poderia ser feito por empresas e em ambientes fechados, sob supervisão da Polícia Federal e com autorização da Anvisa.
Todo o material só poderia ser vendido para instituições de pesquisa e indústrias farmacêuticas. O cultivo em casa, por pessoas físicas, continuaria proibido.
Já a segunda proposta autoriza que sejam produzidos no Brasil remédios à base da Cannabis sativa. O texto prevê que as empresas interessadas peçam à Anvisa o registro para a fabricação desses medicamentos e a venda seria feita em farmácias.
Os dois textos já foram aprovados de forma preliminar em junho e, depois, colocados em consulta pública para que a população opinasse sobre o assunto.
Depois de receber as sugestões, a diretoria da Anvisa já tentou três vezes colocar as propostas em análise, mas a votação acabou sendo adiada.
Um dos principais defensores do uso medicinal da planta da maconha é diretor-presidente da Anvisa, Willian Dib. Nos últimos dias, ele tem recebido críticas do ministro da Cidadania, Osmar Terra, que se opõe à regulamentação.
Na semana passada, no Twitter, o ministro disse que Dib tentar apressar a votação, em sintonia com o lobby de grandes empresas brasileiras e canadenses que cobram a liberação.
*Com informações do repórter Vitor Brown
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