A mais nova guerra comercial dos Estados Unidos foi lançada contra o governo da França. A administração de Donald Trump anunciou que está preparando tarifas da ordem de quase US$ 2,5 bilhões contra os europeus.
Esta é uma retaliação ao novo imposto criado pelos franceses para taxar os serviços digitais prestados por multinacionais.
Os principais alvos dos franceses são empresas como Alphabet, que controla o Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft – todas americanas. Essas multinacionais são conhecidas por esquemas de evasão fiscal – absolutamente legais, mas imorais aos olhos dos europeus.
Na prática, essas companhias pagam uma porcentagem ínfima do que arrecadam na Europa por que se instalam em paraísos fiscais. Mesmo dentro da União Europeia existe uma espécie de guerra fiscal – onde estados mais vulneráveis oferecem incentivos para as gigantes.
Por isso o governo francês quer taxar essas companhias pelo faturamento – e não pelo lucro. E, principalmente, pelo local onde a atividade digital ocorre, não onde a sede da empresa está registrada. O princípio da disputa é bastante semelhante a questão do ICMS no Brasil, por exemplo.
A questão é que os americanos são os principais prejudicados com este novo imposto francês. E não apenas isso: outros países europeus já ensaiam movimentos semelhantes, o que terá forte impacto nas multinacionais que estão habituadas a não pagar praticamente nada.
Até por este motivo a Casa Branca decidiu agir agora e usar a França como exemplo para desestimular países como Áustria, Itália e Turquia. Produtos franceses como queijos, vinhos, maquiagem e bolsas podem sofrer taxação de até 100%.
No Reino Unido também há movimento semelhante e a questão se tornou até tema de campanha, antecipando a votação do dia 12. Os dois principais candidatos prometem taxar as multinacionais para investir em projetos locais.
Falta combinar com Donald Trump.
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