Sorrisos, aplausos e expressões de choque. Essas são algumas das reações que moradores de Cabul, capital do Afeganistão, demonstram ao ver mulheres atrás do volante.
A cidade, de tradição ultraconservadora, é um dos poucos locais no país em que elas podem ser vistas dirigindo.
Parisa Haidary, de 36 anos, é uma das quatro motoristas que trabalham para um serviço de ônibus gratuito e exclusivo para o sexo feminino. O Pink Shuttle ajuda as mulheres a enfrentar os desafios de deslocamento na cidade mais populosa do país.
De acordo com o departamento de trânsito, o número de mulheres motoristas na capital tem crescido nos últimos anos. Duzentas e setenta e cinco licenças já estão aprovadas para o primeiro semestre do ano que vem.
Entre 2012 e 2016, mais de mil mulheres conseguiram autorização para dirigir em Cabul, de acordo com a ONG Nove Onlus, responsável pelo projeto.
O Pink Shuttle, que recebe apoio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, deve ser estendido nos próximos anos. Ainda de acordo com o chefe de polícia da cidade, não há restrições para as mulheres se tornarem motoristas.
No entanto, essa realidade pode mudar se o Talibã voltar o poder. Uma esperança é a conclusão das negociações de paz entre a milícia e o governo americano.
Na última semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma visita surpresa ao Afeganistão e anunciou a retomada das conversas – que haviam sido suspensas em setembro.
*Com informações da repórter Letícia Santini
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