quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Exclusão de idosos na moda leva ‘vovó’ brasileira a criar própria linha de lingeries

A expectativa de vida da população brasileira aumentou 30 anos e oito meses de 1940 para cá. O último dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicava que as pessoas viveriam, em média, até os 76 anos e três meses de idade.

Além da preocupação com a Previdência, por exemplo, o envelhecimento da população evidenciou outro problema: a falta de produtos específicos para a terceira idade.

Com 79 anos e aposentada há dois, Helena Schargel viu essa lacuna no setor de moda íntima e decidiu agir. “Eu tive uma luz e eu falei não, eu quero um projeto. E eu vou tirar as mulheres da invisibilidade”, relembra.

Helena começou com uma coleção de peças íntimas para pessoas acima dos 60 anos em parceria com a marca de uma amiga. Mas tinha duas exigências: ela mesma seria a garota-propaganda e o photoshop estava proibido. “Eles usam photoshop, né. Tira a ruguinha daqui, e eu sempre falo ‘por favor, deixa todas as ruguinhas que eu tenho direito’. Elas são muito importantes. Mostram que eu cheguei aqui”, diz.

Mãe de dois e avó de cinco, Helena brinca que descobriu recentemente que passou dos 33 anos. Para ela, o projeto vai além de estipular uma categoria de roupas de acordo com a idade de quem vai usá-las. “Então agora nós já estamos lançando a segunda coleção nossa, especial para mulheres de mais de 60 anos. Mas, como eu sempre digo, minhas netas de 20 e 40 também usam a coleção”, conta.

Helena tem mais de 20 mil seguidores no Instagram, rede social que ela usa para espalhar mensagens positivas sobre a relação de uma pessoa com o próprio corpo. Além de tirar a mulher da obscuridade, a “menina de quase 80” – como ela se descreve na internet – mostra que ser sexy não tem nada a ver com o ano de nascimento.

*Com informações da repórter Nanny Cox

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