O novo preço das passagens de ônibus, metrô e trens em São Paulo começa a vigorar a partir desta quarta-feira (1º). A mudança para este ano de 2020 já tinha sido anunciada pela prefeitura no dia 24 de dezembro.
Quem for utilizar o transporte público na capital paulista deverá desembolsar R$ 4,40. Até o final do ano, o valor do passe era de R$ 4,30. O reajuste é de 2,33% e está abaixo da inflação anual, que é de 3,86%, de acordo com o Banco Central.
Claro que a mudança gerou divergência de opiniões entre os usuários do transporte público. A auxiliar administrativa Tainá de Santana diz não concordar com o aumento.
Para ela, mesmo que o acréscimo seja de dez centavos, acaba prejudicando o cidadão, que, além de pagar o deslocamento até o trabalho, também arca com o custo para o lazer. “Já não está barato para quem depende do transporte todos os dias, para ir trabalhar, ou para outras coisas também. É muito dinheiro que vai. É bem puxado”, afirma.
A cuidadora de idosos Edinalda Oliverira também é contra o reajuste e fala que, para ela, a mudança não corresponde com a qualidade dos transportes. “Um absurdo, mesmo porque a qualidade dos ônibus nunca aumenta, né. Só diminui. Então não tem motivo ou razão para aumento da passagem”, diz.
Todos os dias, cerca de 8,3 milhões de pessoas passam pelas 13 linhas do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e 8,8 milhões utilizam os ônibus em São Paulo.
O secretário municipal de Mobilidade e Transportes, Edson Caram, explica que o reajuste compensa a redução do subsídio e salienta as mudanças que ocorrerão na operação da frota de ônibus em São Paulo. “Realinhando a tarifa em dez centavos para você ter um pouco mais de fluidez no caixa e, junto com isso, vem a readequação de todo o sistema.”
A advogada Gisele Ferrarini é a favor do reajuste na passagem e diz que é importante, principalmente para manter a qualidade dos transportes públicos. “Eu acho que é justo que a passagem seja reajustada de tempos em tempos, até para manter a qualidade dos nossos ônibus. Com ar condicionado, ônibus novos. Não tem outro jeito”, conclui.
Também ficará abaixo do nível da inflação o valor repassado à Secretaria Municipal de Transportes em 2020, com um reajuste de apenas 2%. Além disso, a previsão é de que a prefeitura também repasse às empresas de transporte um valor menor do que o de 2019.
*Com informações da repórter Camila Yunes
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