O procurador e coordenador da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, disse, nesta sexta-feira (26), que se afastou do caso e declarou “conflito de interesses” imediatamente após descobrir que a empresa de tecnologia onde deu uma palestra no início de 2018, Neoway, havia sido citada em um acordo de delação da Operação Lava Jato. Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, ele falou sobre a acusação publicada no jornal Folha de São Paulo na manhã de hoje que, em parceria com o site The Intercept Brasil, disse ter encontrado indícios de que Deltan recebeu R$ 33 mil por essa palestra.
“Fiz essa palestra no começo de 2018. Em meados de 2018, junho, julho, tomei conhecimento de que ela tinha sido mencionada em um acordo de colaboração que estava sendo negociado não pela força-tarefa em Curitiba, mas pela Procuradoria Geral da República (PGR), com a participação de alguns membros da força-tarefa”, contou. “Em 2019, quando o caso referente a esse empresa foi desmembrado pelo STF e enviado para Curitiba, assim que recebido em Curitiba, quando eu tomei conhecimento, me declarei suspeito. Ou seja: informei que existia potencial conflito de interesses e me afastei da atuação, conforme determina a lei”, acrescentou.
Deltan ressaltou que nunca participou de “qualquer ato ou negociação dessa acordo de colaboração premiada que menciona a empresa” e, por isso, não tinha conhecimento do caso na época da palestra, mas lembrou que, além de ter se afastado da situação, fez também um ofício, dizendo ao corregedor tudo o que tinha acontecido. “Antes de qualquer divulgação de supostas mensagens, eu mandei para ele”, explica.
*Matéria em atualização
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