quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Marinho sobre Previdência: ‘Gostaríamos de resultado maior, mas temos que comemorar’

O secretário Especial de Trabalho e Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho, afirmou, nesta quinta-feira (3), que mesmo que o resultado final da reforma da Previdência não seja o esperado pelo governo, deve ser comemorado. Em entrevista ao Jornal da Manhã, ele celebrou a chegada à reta final da tramitação do texto, o qual chamou de “maior mudança previdenciária de todos os tempos.”

Ele comentou as novas desidratações sofridas no projeto após a aprovação em primeiro turno no Senado Federal. “Gostaríamos que o resultado [econômico] fosse muito maior, mas o resultado é expressivo e precisará ser comemorado. R$ 800 bilhões de impacto fiscal não é o que desejávamos quando enviamos o projeto, mas é um impacto fiscal extremamente relevante para a maior mudança na estrutura previdência do país de todos os tempos”, celebrou.

“Estamos apresentando essa reforma, que é a mais ampla que o sistema previdenciário brasileiro já sofreu, então o resultado final, quando acontecer, não tenho dúvida que precisará ser comemorado. É um resultado expressivo que nos dá uma relação de relativa tranqüilidade, para que não haja explosão do déficit público ao longo dos próximos dez anos, e vai permitir que o governo e o Brasil se introduzam em outras agendas importantes”, acrescentou, citando a reforma tributária e o novo pacto federativo.

Questionado sobre uma possível falha na articulação do governo, que teria sido o motivo dessas perdas econômicas na reforma, Marinho negou. “É evidente que houve todo o esforço do governo envolvido no tema para que tivéssemos êxito na integralidade do projeto”, afirmou. Apesar disso, ele disse ser “puco provável” que se reverta as perdas até agora.

“É um entendimento no parlamento brasileiro, os senhores deputados e senadores entenderam que a proposta que o governo encaminhou precisava ser modificada. Essas modificações tiveram um impacto substancial e nós lutamos para que isso não ocorresse, porque para nós é um equívoco a continuidade de uma política dos anos 1990, quando o Brasil era complemente diferente do que é hoje”, lamentou.

O secretário ressaltou, porém, que dificilmente haverão novas desidratações, já que, em segundo turno, só são permitida emendas “de redação ou supressivas”, o que não deve acontecer. Ele também disse acreditar que a votação deva acontecer entre os dias 15 e 17 deste mês.

 

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