A taxa de ocupação das UTIs chegou a 81% pela primeira vez na Grande São Paulo. O índice, considerado de alto risco, somado a baixa porcentagem de isolamento social, pode interferir na flexibilização da quarentena no Estado, mantida até dez de maio.
Em entrevista coletiva nesta terça-feira (28), o presidente do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde de São Paulo, Geraldo Hepel, afirmou que a quantidade de leitos disponíveis é um dos fatores decisivos para uma possível reabertura.
Segundo Hepel, cada paciente internado pelo novo coronavírus permanece cerca de duas semanas na UTI. Em todo o estado de São Paulo, o índice de ocupação das UTIs está em 61,6%.
Segundo a Secretaria de Saúde, além da Região Metropolitana, a doença, que antes estava concentrada na capital, já está se espalhando por outras regiões. Dos 645 municípios de São Paulo, 131 já têm registro de uma ou mais mortes.
De acordo com o coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, o infectologista David Uip, a população do interior tem uma falsa sensação de segurança que precisa ser combatida.
O número de óbitos no Estado pelo novo coronavírus chegou a 2.049. Foram 224 mortes confirmadas entre segunda e terça-feira, um recorde para um período de 24 horas. Ao todo, já são mais de 24 mil pessoas infectadas em São Paulo.
Sobre a flexibilização da quarentena no Estado, prevista para acontecer a partir de 11 de maio, o secretário da Saúde do Estado, José Henrique Germann disse que ela vai depender dos números de isolamento social. Segundo ele, a taxa, que está em 48%, acende um alerta amarelo.
*Com informações da repórter Beatriz Manfredini
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