Fiocruz recomenda aos governadores ampliar obras de saneamento básico para amenizar impactos da pandemia do coronavírus. Em carta aberta aos estados, principalmente aos do Nordeste, a Fundação ressalta que a melhoria na infraestrutura poderia poupar contaminações.
De acordo com o IBGE, em 2016 foram 166 internações por 100 mil habitantes em decorrência de problemas causados pela falta de tratamento de água e esgoto. Entre as doenças mais comuns estão diarreia, hepatite A, leptospirose e cólera.
No caso do coronavírus, os problemas de saneamento podem favorecer a contaminação. O diretor da unidade da Fiocruz em Pernambuco, pesquisador Sinval Brandão, ressalta que qualquer doença agrava o quadro.
A Fundação afirmou nesta terça-feira (28) que encontrou o coronavírus em um esgoto na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro. Isso explicaria o número elevado nas contaminações.
Dessa forma, a descoberta pode ajudar a monitorar a disseminação do vírus.
O diretor presidente do Instituto Trata Brasil, Edison Carlos, avalia que as condições de infecção podem piorar. Ele lembra que 48% dos brasileiros não têm qualquer tipo de coleta de esgoto.
O Trata Brasil indica ainda que os equivalentes a 500 mil piscinas olímpicas cheias de esgoto foram despejados.
*Com informações da repórter Camila Yunes
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