segunda-feira, 27 de abril de 2020

Mesmo com flexibilização da quarentena, idosos continuarão em isolamento

Com o isolamento social, a necessidade de ficar em casa tem sido uma realidade nova e difícil para muitos. Para a ciência e a medicina, a perspectiva de quando a pandemia terá um fim ainda é incerto.

Mas o fato é que, enquanto não houver uma vacina ou uma medicação com eficácia 100 por cento comprovada, que possa combater o coronavírus, o isolamento, seja vertical ou horizontal, continuará para os idosos.

As pessoas acima de 60 anos compõem um dos principais grupos de risco e terão de continuar isolados mesmo com a flexibilização da quarentena.  No estado de São Paulo, a expectativa é de que essa flexibilização comece a acontecer a partir do dia 10 de maio.

No entanto, a presidente da Comissão de Imunização da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Maisa Kairalla, diz não saber quando o contato com os idosos poderá se restabelecer novamente. Para ela, este cenário de pandemia tem gerado preocupações entre os mais velhos com relação à finitude.

A jornalista Leda Nagle, de 69 anos, conta que sempre foi muito ativa e até então não tinha nem se classificado como idosa. Ela tem lidado com a pandemia tentando se ocupar; fazendo lives, assistindo a séries, escrevendo e também fazendo toda a faxina de casa. Mas apesar de estar conseguindo lidar com este período, ela questiona quanto tempo mais terá de ficar em casa.

A geriatra Maisa Kairalla diz ainda que, durante esse período, é importante estabelecer uma rotina de tarefas que sirvam como distração.  A especialista ainda lembra que o otimismo é uma peça fundamental para conseguir driblar os efeitos psicológicos da solidão durante a pandemia.

*Com informações da repórter Camila Yunes

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