O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta disse que o presidente Jair Bolsonaro, ao demiti-lo, fez a opção por um Ministério da Saúde coadjuvante da Casa Civil.
A declaração foi dada em uma transmissão ao vivo na internet durante um congresso virtual organizado neste domingo (26) pelo Movimento Brasil Livre. O ex-ministro afirmou que, em determinado momento, o presidente achou que ele estava falando muito.
Mandetta disse que Bolsonaro considera as implicações econômicas mais duras do que as de saúde e afirmou que sua saída foi uma decisão política. Ele não fez comentários sobre a condução do novo ministro da Saúde, Nelson Teich, frente à pandemia de coronavírus.
Sobre a saída do ex-ministro Sergio Moro, Mandetta disse que a relação entre ele e Bolsonaro não vinha bem.
Mandetta foi questionado sobre o vídeo em que aparece abraçando uma servidora do Ministério da Saúde no dia em que deixou o governo. Ele disse que aquilo não deve ser feito e que foi um “ponto fora da curva”.
O ex-ministro voltou a defender o isolamento social, dizendo que ele é importante para que médicos e enfermeiros tenham as condições mínimas para ajudar as pessoas que estão lutando pela vida, e disse que divergiu de Bolsonaro em relação ao ritmo que o Brasil terá de adotar para enfrentar a doença.
Luiz Henrique Mandetta disse que está escrevendo um livro sobre o período em que esteve à frente da luta contra o coronavírus. Ele ainda afirmou que não pretende mais disputar uma vaga como deputado federal, mas não descartou, no futuro, ser candidato à presidência da República.
*Com informações do repórter Afonso Marangoni
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