Após fazer graves acusações ao presidente enquanto anunciava o pedido de demissão, uma eventual candidatura do ex-ministro Sergio Moro à Presidência ganhou espaço no debate público. Mas esse assunto, pelo menos entre os parlamentares que são ou foram apoiadores de Jair Bolsonaro, ainda divide opiniões.
Parte dos deputados considera que, a partir da última coletiva de imprensa, Sergio Moro dava início à uma oposição política à Bolsonaro. Segundo o deputado federal Coronel Tadeu, do PSL, começou ali a campanha eleitoral do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública.
Na mesma linha, o deputado federal e apoiador de Bolsonaro, Marco Feliciano, que não tem partido, diz que as intenções políticas de Moro são evidentes. A deputada federal sem partido, Bia Kicis, também viu nascer nesse episódio um rival político de Jair Bolsonaro.
Por outro lado, há parlamentares que enxergam uma candidatura de Sergio Moro à Presidência como algo distante da realidade atual. Essa é a opinião da deputada estadual por São Paulo, Janaína Paschoal, que foi cotada para ser vice de Jair Bolsonaro em 2018.
Segundo Janaina, Sergio Moro seria uma boa opção em um pleito eleitoral, embora não creia que isso deva ser discutido neste momento de crise que o país atravessa.
O deputado federal e líder da Frente Parlamentas da Segurança Pública, Capitão Augusto, concorda com Janaina Paschoal e diz que, caso algum partido procurasse Sergio Moro, ele jamais aceitaria concorrer.
Na visão do cientista político e professor da Fundação Getúlio Vargas, Eduardo Grin, a candidatura de Moro depende da resistência política do ex-ministro aos ataques que virão dos apoiadores de Jair Bolsonaro.
Na última entrevista coletiva, Sergio Moro lamentou não poder retornar à magistratura, mas disse que, neste momento, iria descansar. O ex-ministro disse que, mais adiante, vai procurar um emprego e que sempre estará à disposição do país.
*Com informações do repórter Leonardo Martins
https://ift.tt/3aIVMoI https://ift.tt/3cLlHO8
Nenhum comentário:
Postar um comentário