Não é só por falta de equipamentos de proteção individual que os médicos e enfermeiros que combatem o coronavírus podem adoecer.
Especialistas se preocupam também com a saúde mental de mulheres e homens que estão na linha de frente.
A professora Frida Fischer, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo critica as extensas jornadas de trabalho e a falta de descanso dos profissionais.
Ela falou sobre o assunto em uma videoconferência promovida pela faculdade nesta quinta-feira (2). “Como que a pessoa que realiza uma jornada tão extensa será capaz de se proteger dos riscos que corre no trabalho?”
Mas os especialistas lembram que a jornada de trabalho extensa e a falta de valorização dos profissionais da saúde sempre existiram.
De acordo com Frida, a pandemia do coronavírus apenas expôs e reforçou esses problemas.
“No momento que todos os olhos se voltam para os profissionais de saúde é repensar na valorização da profissão de fato. Os profissionais da saúde estão dando tudo que podem, inclusive a própria vida.”
Também presente no evento, o infectologista Gerson Salvador avalia que o governo precisa intervir para providenciar os equipamentos de proteção individual aos profissionais da saúde.
“A gente precisa ampliar a oferta e tem que intervir na industria. O poder público tem que chegar na indústria e ampliar a produção.
Como ressaltaram os especialistas, cuidar da saúde física e mental dos profissionais que estão na linha de frente ao combate à covid-19 é cuidar da saúde de todos os cidadãos.
*Com informações da repórter Nicole Fusco
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