A economia da Itália cairá 8% até 2020, e o déficit do país subirá para 10,4% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto a dívida chegará a 155,7%, segundo estimativas ainda em estudo pelo governo do país.
Ainda de acordo com essa análise inicial, é esperada uma recuperação do PIB de 4,7% em 2021, quando o déficit previsto é de 5,7%, e a dívida líquida, de 152,7%.
Os números contrastam fortemente com os previstos em setembro do ano passado, quando o governo revia um crescimento de 0,6%, um déficit de 2,2% do PIB e uma dívida pública de 135,7% do PIB para 2020.
No último trimestre de 2019, a Itália registrou uma queda de 0,3% em seu PIB. O Instituto Nacional de Estatística divulgará os números do crescimento econômico do primeiro trimestre no próximo dia 30. Provavelmente será negativo, e o país entrará em recessão técnica.
A Itália reconhece no estudo inicial que a pandemia de coronavírus afetou negativamente sua economia e que, embora nos dois primeiros meses do ano estivesse se recuperando da contração do último trimestre de 2019, “em março sofreu uma queda sem precedentes na história do pós-guerra”.
O país decretou confinamento nacional até 3 de maio e se prepara para a reabertura gradual a partir do dia seguinte. Para aliviar as consequências econômicas das medidas de bloqueio da pandemia, que deixou mais de 25 mil mortos no país, o governo do primeiro-ministro Giuseppe Conte aprovou em março um primeiro pacote de estímulo de até 25 bilhões de euros, e em abril um pacote de até 400 bilhões de euros em empréstimos para empresas.
O governo trabalha agora em um novo decreto que deverá ser divulgado ainda em abril com um auxílio de “nada menos que 50 bilhões de euros” para empresas e famílias, como anunciou recentemente o primeiro-ministro.
* Com EFE
https://ift.tt/3atvU04 https://ift.tt/2x91zXa
Nenhum comentário:
Postar um comentário