O número de mortos pelo novo coronavírus na cidade de São Paulo chegou a 919 nesta quarta-feira e já são quase 11.400 casos confirmados.
Para alertar sobre a gravidade, uma nova campanha da prefeitura vai mostrar a terrível situação de Guayaquil, no Equador, onde corpos de vítimas da doença ficaram espalhados pelas ruas. O objetivo é ressaltar a importância do distanciamento social.
Nesta terça-feira (21), o governo do Estado zerou a fila de 17 mil testes da covid-19 que ainda aguardavam resultado. Segundo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, já foram feitos 35.600 exames.
De acordo com uma reportagem da TV Globo, cerca de 8% das amostras foram consideradas inadequadas e descartadas por falhas no processo. O resultado poderia mudar o número oficial de mortos no estado, que chegou a 1.134 nesta quarta-feira.
Cem cidades paulistas já tiveram pelo menos uma morte e a capacidade de atendimento em algumas unidades está perto do limite. No Instituto Emílio Ribas, na capital, todos os leitos da Unidade de Terapia Intensiva estão ocupados.
Rotina intensa
A rotina no hospital é intensa. Médicos e enfermeiros responsáveis pelo pacientes graves precisam tomar todos os cuidados — e ninguém entra ou sai da área onde estão os doentes da covid-19 sem máscaras e roupas especiais.
A atenção com a limpeza é total e o monitoramento dos pacientes é feito 24 horas. O chefe da UTI do Emílio Ribas, Jaques Sztajnbok, diz que todo dia algo é descoberto. A médica infectologista Fernanda Gulinelli nunca viveu uma situação igual.
A taxa média de ocupação das UTIs dos hospitais na Grande São Paulo chega a 73%.
*Com informações da repórter Letícia Santini
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