Moradores de periferias de São Paulo reclamam da ausência da Prefeitura na luta contra o coronavírus e agem por conta própria para conscientizar a comunidade. Desde março, o prefeito Bruno Covas anunciou como medida de prevenção à covid-19 a circulação de carros de som nas favelas paulistanas.
Os veículos emitiam informações sobre sintomas, prevenção e pediam para que as pessoas ficassem em casa. Após duas semanas da iniciativa, a movimentação nas comunidades não diminuiu.
A Prefeitura, então, quase dobrou o número de carros de som: de 26 veículos passaram a ser 50. Atualmente, os moradores das periferias das zonas norte, sul e leste, onde ficam as maiores comunidades da capital, reclamam da ausência de ações públicas.
Há relatos de moradores que estão improvisando máscaras com garrafas pet e até sacolas de plástico. José Marcelo da Silva, que vive em Heliópolis, diz que os próprios moradores realizam ações de conscientização e entrega de alimentos e kits de higiene.
O autônomo Alex Gomes, morador de Itaquera, na zona leste, também pede atenção do governo.
A Prefeitura de São Paulo informou que as ações de combate ao coronavírus em comunidades respeitam as orientações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde.
Segundo o executivo municipal, os carros de som foram substituídos por trabalhos que vão desde visitas domiciliares à instalação de pias para a higienização das mãos nas comunidades da capital.
*Com informações do repórter Leonardo Martins
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