Enquanto o governo britânico tenta resolver suas crises internas o país vai se organizando para entrar no período do novo normal. Boris Johnson anunciou na segunda-feira (25) que o Reino Unido vai avançar mais uma etapa na reabertura da economia, depois de mais de dois meses em quarentena.
A partir do dia 15 de junho o comércio não essencial — ou seja praticamente todas as lojas que não vendem comida ou remédio — vai poder voltar a abrir as portas. Feiras e mercados ao ar livre também vão poder retomar as suas atividades na metade do mês que vem.
O governo preparou uma série de novas regras de distanciamento social e higiene que esses estabelecimentos vão ter que cumprir. Por isso, o prazo de mais de duas semanas para que o comércio se adapte a esta nova realidade.
As perguntas mais importantes, no entanto, são quanto de normalidade será possível recuperar e em qual ritmo? Porque apenas abrir as portas não basta, os consumidores estarão prontos para voltar a comprar como antes?
Muitos donos de pequenos comércios antecipam dificuldades para manter as portas abertas e vão ter que recorrer aos empréstimos do governo. Bares e restaurantes ainda vão permanecer fechados pelo menos até a segunda semana de julho.
Este tipo de estabelecimento é vital para a economia e até para o moral da sociedade, uma vez que os pubs fazem parte da cultura local. Mas o governo deixou claro que eles, e também os restaurantes, serão os últimos a voltarem a operar por questões de higiene.
Os números relacionados a pandemia de coronavírus continuam caindo de forma sustentada. Na segunda, as autoridades locais anunciaram as mortes de 121 pessoas nas últimas 24 horas elevando o total para quase 37 mil vítimas.
Ainda é uma estatística cruel, mas se considerarmos que o país chegou a ter quase mil mortes por dias há um avanço consistente.
Crise política
Enquanto isso, o primeiro-ministro segue pressionado para demitir seu principal conselheiro que foi flagrado furando as regras da quarentena. Dominic Cummings concedeu entrevista coletiva reafirmando que fez a coisa certa para proteger o filho pequeno.
O assessor de Boris, que também liderou a campanha do Brexit, insistiu que não irá pedir demissão — mas a pressão segue, uma vez que a imprensa e diversos parlamentares, incluindo alguns conservadores, não compraram as desculpas apresentadas.
Claramente é uma distração política no momento em que o país tenta voltar a alguma nível de normalidade pós pandemia.
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