O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira (25) pelo Banco Central mostra queda na mediana para o IPCA, o índice oficial de preços em 2020. No boletim, a alta estimada em 1,59% foi para 1,57%. Há um mês, estava em 2,20%. Para 2021, o índice também teve recuo, passando de 3,20% para 3,14%.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2022, que seguiu em 3,50%. No caso de 2023, a expectativa permaneceu em 3,50%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,50% para ambos os casos.
A projeção dos economistas para a inflação já está bem abaixo do centro da meta de 2020, de 4,00%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%. Para 2022, a projeção é de 3,50%.
A expectativa de inflação no curto prazo tem sido bastante afetada pela perspectiva de que, com a pandemia da Covid-19, a atividade econômica seja prejudicada, com impactos sobre a demanda por produtos e baixa da inflação.
No início do mês, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA recuou 0,31% em abril – o menor índice desde agosto de 1998. No acumulado do ano, a taxa está positiva em 0,22%.
Top 5
No Focus divulgado nesta segunda, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2020 foi de 1,61% para 1,33%. Para 2021, a estimativa do Top 5 seguiu em 3,00%.
No caso de 2022, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,50%, igual ao visto um mês atrás. A projeção para 2023 no Top 5 seguiu em 3,38%, ante 3,50% de quatro semanas antes.
Últimos 5 dias úteis
Em meio aos efeitos da pandemia sobre a economia, a projeção mediana para o IPCA de 2020 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis foi de 1,58% para 1,53%. Há um mês, o porcentual calculado estava em 2,10%. Para 2021, a nova projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis seguiu em 3,20%. Há um mês, estava em 3,30%.
Preços administrados
O relatório do BC indicou manutenção na projeção para os preços administrados em 2020, seguindo previsões de alta de 1,00% para o indicador. Para 2021, a mediana permaneceu em alta de 3,80%. Há um mês, o mercado projetava aumentos de 1,40% e de 3,80% para os preços administrados em 2020 e 2021, respectivamente.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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