segunda-feira, 25 de maio de 2020

Ministério da Saúde diz que ‘não haverá modificação’ em novo protocolo da cloroquina

O Ministério da Saúde informou, nesta segunda-feira (25), durante coletiva de imprensa, que “não haverá qualquer modificação” no novo protocolo anunciado pela pasta na semana passada que recomenda o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina para tratamento da Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus.

“Estamos muito tranquilos e seguiremos com a nossa orientação que recomenda o uso da cloroquina e hidroxicloroquina com azitromicina. Essa é a orientação do Conselho Federal de Medicina e dá autonomia aos médicos [para prescrição do medicamento]”, disse Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES).

Nesta segunda, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que suspendeu testes com cloroquina e hidroxicloroquina contra a Covid-19. A decisão, uma medida de cautela que poderá ser revisada, foi tomada depois que a revista científica britânica The Lancet publicou, na última quinta, um estudo com 96 mil pacientes que apontava maiores taxas de mortalidade em pacientes que foram tratados com hidroxicloroquina.

Técnicos do Ministério têm monitorado estudos sobre a medicação usada para o tratamento da Covid-19 e há um banco de dados com “216 protocolos de diversos países” que são analisados pela pasta.

Segundo a Saúde, as novas orientações estabelecem “o direito do paciente em optar pela medicação”. A pasta também informou, sem dar mais detalhes, que vem conduzindo pesquisas com grupo brasileiros de cientistas no âmbito do uso da cloroquina e hidroxicloroquina.

“Essa medicação que é quase motivo de guerra foi recomendada em 2016 para tratar zika, inclusive para uso durante a gestação. Seguimos tranquilos quanto à nossa orientação”, disse Mayra. No Brasil, a cloroquina também é usada para tratamento de malária, lúpus e artrite reumatoide.

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