segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Crescimento de 1% do PIB em 2019 ‘é real’, diz secretário de Guedes

O secretário Especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou que é possível esperar um crescimento de cerca de 1% – ou “um pouquinho mais” – do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no final deste ano. Em entrevista ao Jornal da Manhã nesta segunda-feira (25), ele se mostrou otimista com os resultados para a economia do país.

“Temos boas respostas do lado real da economia na geração de emprego e renda. Por exemplo, o Natal vai ser melhor do que o do ano passado, com maior poder de consumo da população, e também temos reações positivas do lado financeiro da economia, bem como indicadores de confiança, tanto interno quanto externo. A indústria está sendo mais demandada, o que é importante, temos o mercado de trabalho reagindo em vários setores, com criação líquida de postos de trabalho. Nós temos o FGTS, que teve mudanças, o saque imediato e o saque-aniversário, que estão reagindo positivamente”, listou.

“Tudo isso nos permite acreditar que a estimativa de crescimento do PIB para este ano aumente. Então falar de crescimento de 1% é real, talvez até um pouquinho acima de 1%. Para o ano que vem, prevemos 2,2%, 2,3%, com tendência de aumento também, o que nos dá consequências positivas com relação a geração de emprego e renda”, continuou.

Para Rodrigues, a melhora na expectativa de expansão da economia vem da série de medidas que o governo vem tomado para cuidar da política fiscal do Brasil, que está “desbalanceada”. “Nossas medidas visam equilíbrio concreto. Tivemos, ao longo desse ano, o prosseguimento de medidas que eram coerentes com nosso diagnóstico de qual é a grande dificuldade da economia brasileira, que é a questão fiscal e, dentro dela, as despesas, que são muito grandes.”

O secretário comemorou a promulgação da reforma da Previdência e listou, também, as vantagens das próximas reformas que foram enviadas ao Congresso Nacional, como o pacto federativo, e as que ainda serão finalizadas, como a administrativa.

“A Previdência nos permite boa iniciação no equilíbrio fiscal, porque é cerca de 8,6% do PIB e 19,4% da despesa, e cresce a ritmo forte. As outras reformas que estão sendo detalhadas e serão encaminhadas, como a administrativa, e o pacto federativo, que também tem elementos de ajuste fiscal, também permitem que essa questão da despesa seja tratada da maneira correta, sob controle”, garantiu.

Contingenciamento

Questionado sobre o contingenciamento de R$ 34 bilhões no início e meio do ano, Rodrigues disse que a medida foi dura, mas que era necessária para manter esse equilíbrio e que, caso necessário, o mesmo pode ser feito em 2020.

“Nós atuamos com cautela e transparência, essas diretrizes foram colocadas ao longo do ano e seguiremos com elas. É responsabilidade nossa, compromisso com o cidadão, etmos que tem controle das contas, comunicar como gerimos. Em 2019, começamos com contingenciamento, anunciamos o valor que chegou a R$ 34 bilhões, que é um número bastante alto e significativo, mas já liberamos na íntegra, na medida que obtivemos novas receitas e indicações de que as contas seriam equilibradas sem prejuízo. Para 2020, essas diretrizes continuarão sendo seguidas, mas procuramos melhor dinâmica econômica”, explicou.

 

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