Falta menos de um mês para o início do Carnaval, e as principais escolas de samba do Rio de Janeiro continuam com problemas financeiros para fechar o desfile na Marquês de Sapucaí.
Ao longo de anos, elas se acostumaram com patrocínios, apoios e até mesmo subvenção da prefeitura. Desde o início da gestão de Marcelo Crivela (Republicanos-RJ), houve uma redução no repasse de verbas para as escolas.
No primeiro ano, passou de R$ 2 mi para R$ 1,5 mi. Depois, o número caiu para R$ 1 mi, R$ 500 mil e, neste ano, nenhum valor será repassado para escolas do Grupo Especial.
O governador Wilson Witzel, que tenta ficar bem com o mundo do samba, está viabilizando um apoio financeiro com a Light, uma das distribuidoras de energia do Rio, de mais de R$ 20 mi, também no formato de subvenção.
A crise é tão grande que algumas regras para o desfile foram alteradas para 2020. O tempo de desfile foi reduzido em cinco minutos. Além disso, a ala das baianas, a mais tradicional do carnaval, poderá se apresentar com menos componentes. Para completar, o número mínimo de alegorias também diminuiu.
O público garante que nada disso vai atrapalhar a folia na Sapucaí, onde se apresentam as principais escolas de samba do Rio e do Brasil.
O carnaval fora da Avenida também deve movimentar muita gente neste ano. A perspectiva é de mais pessoas, mais blocos e mais recursos. A prefeitura estima que o Carnaval movimente mais de 2 milhões de turistas, o que deve render cerca de R$ 4 bi. 543 blocos devem desfilar pelas ruas da cidade.
* Com informações do repórter Rodrigo Viga.
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