quarta-feira, 1 de abril de 2020

Governo estuda recomendar máscaras para quem não está doente

Algumas pessoas que não trabalham diretamente na área da saúde ou que não têm os sintomas de coronavírus devem receber a indicação para usar máscaras. Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a equipe da pasta prepara um protocolo, orientando a produção de máscaras de TNT.

O material é poroso e pode ser fabricado em grande quantidade. Mandetta disse que essa máscara pode ser usada por uma série de pessoas que precisam de uma barreira por causa da profissão.

Atualmente, o Ministério da Saúde recomenda que apenas profissionais de saúde e pessoas com coronavírus ou com sintomas da doença devam usar máscaras. O ministro Luiz Henrique Mandetta também falou sobre um estudo que será publicado em breve sobre os efeitos da cloroquina no tratamento da covid-19.

Ele disse que a pesquisa indica que o medicamente tem reduzido o tempo médio de permanência de pacientes em Centros de Terapia Intensiva. Um estudo brasileiro também vai testar a eficácia contra a covid-19 de medicamentos já conhecidos e usados para outras doenças. Entre ele estão a cloroquina e a azitromicina.

A pesquisa será realizada por hospitais e instituições de saúde que criaram a “Coalizão Covid Brasil”. Cerca de 60 hospitais participarão das pesquisas, que testarão os remédios em pacientes internados com coronavírus.

A expectativa é que os primeiros resultados sejam apresentados entre 60 e 90 dias.

A Beneficência Portuguesa de São Paulo integra esse grupo. A coordenadora de UTI do hospital, Viviane Cordeiro da Veiga, reforça que medicamentos ainda estão sendo testados e não há indicação de uso deles pela população.

Na coletiva, Mandetta reforçou que a Organização Mundial da Saúde recomenda o distanciamento social e que o ministério tem o mesmo posicionamento. O ministro ainda disse que a pasta está usando a tecnologia como aliada no combate à doença.

Ele disse que começaram a ser disparadas ligações em massa para a população. A ideia é telefonar para 125 milhões de pessoas.

Um robô vai fazer perguntas, para poder ver, por exemplo, quem faz parte de grupos de risco, ajudando o Ministério da Saúde a monitorar melhor o avanço da pandemia.

*Com informações do repórter Afonso Marangoni

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