A democracia britânica está sendo testada em seus limites mais extremos nesta reta decisiva para o Brexit. O Parlamento britânico retomou suas atividades na quarta-feira (25) depois da decisão da Suprema Corte que impôs dura derrota ao Governo. Como já era aguardado, a sessão foi bastante agressiva, com trocas de acusações dos dois lados, num tom belicoso acima do normal.
O primeiro-ministro Boris Johnson voltou de Nova York às pressas e participou da reabertura dos trabalhos na Câmara dos Comuns. Por mais de três horas, Johnson atacou e foi atacado demonstrando certa resiliência apesar da série de derrotas sofrida por ele até aqui.
O primeiro-ministro deixou claro que não vai renunciar e que, se a oposição quer outra pessoa no cargo, deveriam aceitar a convocação de novas eleições. Mas os trabalhistas, que pedem a renúncia de Boris Johnson, querem que o prazo de separação da União Europeia seja prorrogado antes disso. No momento, a situação é a seguinte: o Brexit segue marcado para 31 de outubro.
Porém, existe uma lei que obriga o primeiro-ministro a pedir uma prorrogação se nenhum acordo for alcançado com os europeus até o dia 19 de outubro. Não se sabe ao certo o que o governo vai fazer. Johnson diz que está negociando com os europeus, mas não dá pistas de qual é a proposta – se é que há uma.
Sem maioria na Câmara dos Comuns, a única alternativa que resta para o líder conservador é chegar a um acordo com a União Europeia. O bloco, aliás, queria utilizar o caso do Reino Unido como exemplo para evitar que outros integrantes tentem algo parecido no futuro.
O que está mais do que claro é que sair da União Europeia é mais difícil do que tirar um ovo de dentro de uma omelete.
https://ift.tt/2m0byZd https://ift.tt/2mShmUN
Nenhum comentário:
Postar um comentário